sexta-feira, março 31, 2006

LIÇÕES DE VIDA


Era a primeira que se iriam ver depois de ter ficado no ar a hipótese de uma aventura amorosa. O entusiasmo era vivido de maneira bastante diferente por ambos, mas com um sentimento comum, a esperança. Um tinha esperança de conseguir uma noite tórrida de sexo, ou pelo menos uma troca de fluidos; o outro rezava para que o assunto não viesse à baila. Talvez por isso tenha chegado acompanhado. Foi um autêntico balde de água fria, mas prometeu que não se deixaria ir abaixo. Correu melhor do que pensara. Foi uma noite agradável, apesar de saber que não a iria terminar com ela. Restou-lhe sonhar como gostaria de tivesse corrido esse encontro que desejava há tanto tempo.
Mas nem os sonhos lhe foram favoráveis. Recusaram-se a aparecer. Passou a noite a reviver os momentos passados durante aquelas horas terrivelmente desgastantes.
Acordou abatido, triste, fodido, a dizer mal da vida. Que triste vida a dele. Sabia que já não tinha idade para ter ilusões, sobretudo com quem não as merecia.
Mas recuperou o optimismo que o caracteriza antes do final do dia.
A vida é uma lição à qual devemos estar atentos.

ps) qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência

quarta-feira, março 29, 2006

SENTIMENTOS


Se há coisa que me deixa fora de mim é que brinquem com os meus sentimentos.
Não mereço que me tratem assim. Mas se me tratam assim é porque não me merecem.

segunda-feira, março 20, 2006

Há que tempos que lhe queria dizer o quanto a tirava do sério. Que, quando em vez, povoava os seus sonhos mais suados. Que lhe dava uma tusa que não conseguia explicar. Não tinha nada, absolutamente nada, a ver com aquilo que apreciava em termos sexuais. Preferia-as com corpos esbeltos, altas, de cabelos compridos, escuros. Ela não era assim, mas tirava-a do sério. Como a tirava do sério.
Resolveu dizer-lho, num dia em que se sentia encorajada por uma possível aventura sexual. Uma banal e fugaz aventura sexual. Curiosamente, ou talvez não, ela aguçou-lhe ainda mais o apetite. Ficou no ar uma excitação mútua, que provavelmente seria consumada se se encontrassem nessa altura. Mas não passou disso. E nunca irá descobrir se, de facto, isso aconteceria.

quinta-feira, março 16, 2006

CASAIS (2)


- Queres que te foda puta, é isso que queres?
- É isso mesmo que quero. Que me enterres o caralho bem fundo, mas antes de me montares quero sentir a tua língua na minha rata, quero que me fodas com a língua, e depois que me lambas o cú, me metas os dedos em todos os buracos que encontrares.
- E tu, não fazes nada?
- Primeiro quero que me faças implorar que me fodas, depois serei eu a fazer-te implorar pela minha rata, vezes sem conta, e que me queres foder por trás.
- E como farás isso?
- Despe-me, depois verás.
Rasgou-lhe a roupa com tanto desejo que ela própria ficou surpreendida. A cara dele transpirava desejo por todos os poros.
- Não quero que te dispas ainda. Lambe-me primeiro cabrão.
Abriu-lhe as pernas, apalpou-lhe as mamas, chupou-lhe os mamilos, trincou-os, brincou com a língua, que foi percorrendo até à rata. Fodeu-a como ela tinha pedido. Ainda não acreditava que aquele pudesse ser o gajo a quem tinha recusado sexo nos últimos dois anos.
Virou-a de costas e lambeu-lhe o cu, enquanto lhe metia dois dedos na rata.
- É assim que queres sua puta?
- Não fales, continua.
- Agora é a tua vez, quero que me chupes o caralho e me lambas os colhões.
Ela obedeceu.
- Assim está bem, corno?
- Mete mas é a boca no caralho e cala-te.
Obedeceu mais uma vez.
- Agora quero que me peças para te foder.
- Fode-me, monta-me com toda a força que tiveres, quero sentir o caralho na minha rata.
Ele fez-lhe a vontade.
Penetrou-a com toda a força. Depois mandou-a pôr de quatro e fodeu-a por trás com a mesma força, enquanto lhe esfregava o grelo. Fodeu-a vezes sem conta, ora num lado ora noutro.
- Estou-me a vir, gritou ela.
Vieram-se os dois ao mesmo tempo e deixaram-se cair de cansaço em cima da cama.
- Acho que a partir de agora vamos dar-nos muito bem, não achas?
- Quero é que te ponhas nas putas imediatamente, uma senhora casada não se comporta desta maneira com o marido. Mas depois de nos divorciarmos terei todo o gosto em dar-te assistência.
- Não podes estar a falar a sério.
- Estou a falar a sério estou. Amanha-te com o Ricardo.
- Mas…
- Só mais uma coisa: não chegas aos calcanhares da vizinha. Essa sim, é uma boa foda. Tu nem um simples broche sabes fazer. Porque não lhe pedes que te ensine.
- Talvez o faça, cabrão, talvez o faça.

COISAS DE CASAL


Despe-te, ordenou-lhe com voz de zangado. Não lhe fez a vontade, só para contrariar. Repetiu a ordem, ainda mais zangado.
- Porquê?

- Quero fazer amor contigo.
- Não me apetece, já não me consegues excitar como antes. Devias lembrar-te que tens mulher antes de me pores os cornos com a vacarrona da vizinha, aquela puta que fode com todos os que lhe aparecem à frente.
- Ela não é assim, é apenas uma pessoas carente que gosta de manifestar os seus sentimentos, ao contrário de ti.
- Mostrar os sentimentos? Carente?, ela deve ser é uma ninfomaníaca.
- Estás enganada. Muito enganada. Mas se queres falar em pôr os cornos podemos começar por ti, ou vais-me dizer que não andas a mamar o Ricardo há mais de dois anos?
- Não preciso de o esconder. Aliás, ele, que é tanto teu amigo, faz questão de se gabar do facto. Nunca te disse nada a ti? Nunca te disse como é bom na cama, que me chupa o grelo antes de me enfiar a língua na rata, que me lambe o cú, que me fode em todas as posições, em todos os locais e a qualquer hora do dia, da noite ou de madrugada. Nunca te fez sentir um autêntico desastre, que é aquilo que tu és?
- Não te sabia tão ordinária.
- O teu mal foi nunca me conheceres como devias. O teu e o meu. Durante anos pensei que o sexo fosse apenas isto, como me enganei. Agradeço ao Ricardo por me ter ensinado a foder como deve ser. Não sei o que é que a badalhoca da vizinha viu em ti.
- Não faço ideia. Mas agora sei o que tu nunca viste: o meu respeito. O respeito que te tenho é tão grande que nunca te fodi como deve ser para não te melindrar, para que nunca me acusasses de fazer de ti um puro objecto sexual. Tenho pena de o não ter feito, terias dado umas boas fodas.
- Talvez a vida tivesse sido diferente se mo tivesses dito. Se falasses comigo. Se me ouvisses.
- Talvez nos possamos dar mais uma oportunidade, que achas?
- Despe-te e mostra-me o que vales.

(to be continued)

sexta-feira, março 10, 2006

LAVAR A ROUPA



Abriu o guarda-fatos para escolher a roupa a usar no dia seguinte. Onde raio estaria o fato preto, de decote generoso, tamanho reduzido e provocantemente transparente? Bolas, tinha-se esquecido de o lavar e era o único apropriado para a noite do dia seguinte, altura em que tinha um jantar com um colega de escola que já não via há anos. Uma antiga paixão que escondera em nome da amizade que tinha pela Madalena. Não tinha outro remédio que passar umas horas na lavandaria do prédio e esquecer a saída que tinha prometida com umas colegas. Desceu as escadas com o cesto da roupa a transbordar. A lavandaria estava deserta. Encheu três máquinas, sentou-se no banco, puxou de uma revista cor-de-rosa e começou a folheá-la. Não tardaram meia dúzia de minutos para imaginar o actual visual do Filipe, o rapaz mais giro da escola, com tudo no sítio, e sempre dentro das tendências da moda. Mil e uma imagens lhe passaram pela cabeça, parou naquela que lhe ficou na recordação: o dia em que Filipe chorou no seu ombro confessando o seu amor por Madalena. Como ela o desejou nesse momento.
Completamente absorta nos seus pensamentos, não deu pela entrada de um jovem. Um rapaz interessante, como constatou assim que deu por ele. Interessante e desajeitado. Pediu-lhe que o ajudasse a pôr a roupa na máquina, a porção de detergente que deveria colocar, qual o programa mais adequado… e qual a melhor forma de a levar ao céu?
Completa apanhada de surpresa, não teve reacção. Ele reformulou a pergunta: queres que te faça vir como nunca te viestes, aqui e agora? Esteve muito próximo de lhe pregar uma estalada, mas a hesitação foi o suficiente para ele a pegar ao colo e a sentar em cima de uma das máquinas que levavam a sua roupa. Beijou-a com tanta intensidade, lambendo-a de cima a baixo, mordiscando-a, apalpando-a, que se esqueceu de todas as palavras conhecidas. Em minutos estava completamente nua em frente daquela visão de outro mundo. Chupou-lhe o sexo como nunca ninguém tinha tido a coragem de o fazer. Massajou-lhe o clítoris, penetrou-a com os dedos, fazendo-a gemer de prazer. Abandonou-a, contemplando-a enquanto se despia. Tirou-a de cima da máquina, fê-la ajoelhar e meter o seu membro na boca. E ela não se fez rogada. Chupou-o, mordiscou-o, lambeu-o, voltou a chupá-lo e a mordiscá-lo e a lambê-lo. Pegou nela novamente ao colo e sentou-a na máquina de lavar, enfiou-lhe o pénis de uma só vez, e deixou-o estar, enquanto a máquina fazia o resto do trabalho. Depois, penetrou-a ora devagar ora depressa. Antes de atingir o orgasmo, pediu-lhe para se pôr de gatas, e come-a por trás, onde nunca ninguém a tinha comido. Vieram-se os dois, e ela lambeu-lhe o pénis mais uma vez, a última dessa noite. Despediram-se com um até manhã, à mesma hora.

Quanto ao jantar com a sua paixão de escola, teria que ser adiado.
Iria lá perder uma foda destas.