terça-feira, maio 23, 2006

DESILUSÃO, OU TALVEZ ATÉ NÃO


A prestação da selecção portuguesa de Sub21 no Campeonato da Europa não constituiu qualquer novidade para mim, apesar de ter conhecimento do seu feito extraordinário nas fases que antecederam a recta final do Europeu. Ontem se meteu a equipa que passou a fase de apuramento com uma perna às costas? Tenho cá para mim que foram raptados por seres de outro planeta, que se apoderaram do seu corpo. A explicação é obviamente ridícula, como ridículo é o facto de terem perdido da forma como perderam com os seus adversários de grupo, excepção feita ao jogo da Alemanha, que de todos foi o menos mau.
Menos mau, mas mau demais para ser verdade.
Mais seriamente, aquilo que tem vindo a acontecer com as selecções nacionais de futebol mais não é que um colher do que se tem vindo a plantar ao longo dos anos. Uns plantam árvores bonitas mas que não dão frutos. Outros fazem o contrário: preferem as árvores de fruto – se forem bonitas, tanto melhor. Portugal preferiu a beleza, as árvores que ficam bem em qualquer jardim, sendo esta a sua única utilidade. No caso do futebol, o grupo de jogadores escolhidos para defender a bandeira nacional não passam de um bando de florzinhas de estufa, de meninos mimados, com uma falta de fair-play impressionante. Sobretudo quando as coisas não lhes correm de feição, o mesmo será dizer, quando não conseguem ser as estrelas mais brilhantes. Não quero com isto dizer que não bons valores no grupo, futebolisticamente falando, admito que os há, mas o futebol é um desporto colectivo, onde a equipa se sobrepõe ao individual. Resultado: ficam pelo caminho quando lhes é exigida maior concentração, maior esforço e dedicação em nome do país que defendem. E isto porquê? Porque estão mais preocupados em mostrar novos penteados durante a prova que jogar à bola.

A culpa é de quem lhes dá uma importância que não merecem.
Se fosse eu a seleccionadora nacional, o Quaresma não tinha lugar em qualquer das selecções, e isto sem contar com o sucedido durante o Europeu de Sub21. Nem ele nem uma carrada de outros putos ranhosos armados em bons, algo que não são nem enquanto jogadores nem enquanto seres humanos.
Nos mais velhos, o Figo não regressava à equipa. Saiu por vontade própria, justificou a decisão e de um momento para o outro decide voltar. Terá sido o facto de estar mais tempo no banco que no relvado quando jogava em Espanha? Aposto que sim. Maniche? O rapaz ficava muito melhor a apresentar o Em Família com Fernando Mendes. Mas há muitos outros que não têm lugar nem sequer numa das equipas de um jogo entre solteiros e casados.
Mas têm o nome, e isso meus amigos tem sido a política dos seleccionadores. Sempre pensei que o Scolari, a quem chamam “o sargentão” – ainda não percebi porquê – , fosse mais rijo do que já demonstrou ser por diversas vezes, e que aplicasse o castigo que estes putos mimados merecem: não serem convocados, e explicar-lhes o porquê: demasiado vaidosos para serem jogadores de futebol.
Tá bem, eu sei que não é só em Portugal que isso acontece, mas tirando meia dúzia de jogadores oriundos de todo o mundo – aqueles que fazem o anúncio da Nike – todos os outros são portugueses. É um número demasiado elevado para um país tão pequeno como o nosso.

Por favor, a bem do futebol, CONVIDEM O MOURINHO PARA SELECCIONADOR NACIONAL.