quarta-feira, janeiro 10, 2007

Mais que o tempo, é a falta de vontade que me tem deixado arredada deste espaço. E sempre que escrevo tem sido para carpir as mágoas. Hoje não é excepção, mas prometo que logo regresso aos meus contos. Só preciso arrumar a cabeça.

Há uma máxima que diz “Nunca se justifique. Os seus amigos não precisam e os inimigos não acreditam”. Então e os outros? Sim, porque nem sempre os não amigos são inimigos. Talvez não mereçam também qualquer justificação. Vem isto a propósito das minhas tentativas em justificar-me de algo que fiz sem saber as razões que me levaram a fazê-lo. Se não consigo justificar-me perante mim mesma, muito menos o poderei fazer aos outros. Mas porque raio terei que me justificar? Pois, aí é que está o problema. Porque preciso. Ando nisto há dois meses, e neste período ainda não consegui convencer-me a mim própria dos reais motivos. Esta falta de respostas anda a dar comigo em doida. Ao que acrescento ainda o facto da pessoa a quem tenho tentado explicar-lhe que não sei o que se passou comigo para agir de tal forma não estar muito virada para me ouvir. Ou talvez até esteja, mas fico com a nítida impressão de que não acredita. Isso faz dela minha inimiga? Não quero acreditar que assim seja. Mas a sua indiferença e o facto de querer afastar-se de mim não me dá grandes esperanças quanto à sua amizade. Além disso, se fosse amiga não precisava de justificações, não é verdade? Perante isto, em que ficamos? Talvez seja melhor parar com as justificações. Se a pessoa em causa é minha amiga vai entender, mais cedo ou mais tarde, que estou arrependida de um certo bloqueio mental que tive um dia destes, e que, sei-o, a magoou bastante. Se não o é, não merece que eu me justifique. Tenho dito.

Já agora, meus amigos, não precisava justificar a minha ausência neste espaço. Ou precisava?