quinta-feira, novembro 17, 2005

Não vale a pena



Não vale a pena

É sempre assim quando penso em não pensar mais em ti
Em não te amar como insisto em amar
Afastar-te para sempre dos meus sonhos mais afoitos
Da vida que deixou de me dar explicações
De um coração que se recusa a perder-te

É sempre assim quando penso em seguir em frente
Desviar-me de um caminho cheio de sentidos únicos
De becos sem saída e ruelas perdidas na escuridão
Abandonado por todos os que encontraram outro rumo
E por onde cambaleiam os bêbedos de esperança

É sempre assim quando decido que tu não és ninguém
Que não me dizes nada quando passas por mim
Me desvias um olhar que, eu sei, não me pertence
Me ignoras por tudo aquilo que não fomos
E nunca iremos ser

É sempre assim quando digo que não vales a pena
Que não vales as lágrimas que derramo
Sempre que penso que poderias ter sido tudo para mim
Se eu te tivesse aceitado tal como és

Agora, não vale a pena